quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Estava vendo uma matéria na Discovery Civilization sobre um sarcófago sem identificação que foi encontrado num local nobre do Egito, que me foge o nome agora. Era um lugar onde foram sepultados os antigos faraós. (Me deu uma vontade danada de aprender mais sobre o Antigo Egito, os hieróglifos, etc. Já que minha vontade é ser mumificada quando eu morrer.)
Mas o que me interessou mesmo é pesquisar sobre a vida de um desconhecido. Aparentemente os arqueólogos partiram do zero e descobriram que ele era irmão de Ramsés III.
Quanta História está perdida nos túmulos dos desconhecidos...Quantas pessoas simplesmente passaram e não nos deixaram um pedaço de sua vida. Isso me assusta. Penso que mais importante que descobrir a verdade sobre um rei a quem muitos conheciam, ou a um artista antigo, muito mais intrigante é descobrir o que fez, quem foi e o que nos deixou esses anônimos.



Insone
(Isabela Figueiredo)
Monstros selvagens e mortais, mentes em transição. A essência de tudo que fica, desde a gênese ao mais remoto adeus, isso sim pode me matar.
A morte que figura a vida de uma forma tão besta, e tudo que se forma tem a fôrma virtual.
Em todos os momentos que te quis, um retrato na parede, flores mortas de um pintor impressionista. Eu VIVI aquilo, fui ávida daquilo, e se entende só por "passado". Como guerras tolas e ditaduras militares, junto com a Pangéia e a Atlântida submergida, com os Maias e Astecas e a Revolução Francesa. Bolas! Você não foi só um momento histórico!
A gente vive achando que é agora e já é passado. No final você vai ser também a agonia de um retrato. Eu vou ser um adeus. E as coisas continuarão seguindo seu curso infindável. A história da história de uma pessoa, que não é menos do que ela foi. E tudo depende disso, e nada fará diferença, pois é apenas uma pessoa que viveu e morreu entre os nascidos.
No final das contas, as pessoas passam. E, passando, acabam sendo uma parte - um braço, talvez uma perna - da pessoa que já foi. Você pode ser uma parte de alguém. E isso sim é importante, superando todas as outras coisas.
Morrer sendo parte de alguém é um jeito de continuar vivo - passado-presente-futuro -, um pedaço de infinito.

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