segunda-feira, 25 de maio de 2009

A onda do pouco falar e muito dizer

Com essa onda de twitter, tive que aprender a fazer pequenos poemas, senão não dá pra ficar postando poema de trechinho em trechinho. E passei a fazer essas coisinhas mais enxutas com certa facilidade. Tá até difícil escrever algo mais longo. Vou compartilhar com vocês coisas que escrevi ou que peguei emprestado:


Deus me ensine
(Isabela Figueiredo)

Deus me dê a sabedoria para distinguir
o que é certo do que é fácil
o que é inevitável do que é provável
o que é sombra do que é ausência
E o que é dádiva do que é dúvida
O resto é vida pra viver
e nenhuma dor pra pertencer!




Percalço
(Isabela Figueiredo)

Pé no chão
descalço
asfalto
vou seguindo seus passos
sentindo
todo o sangue
ficar
pelos meus rastros



Na Cama
(Cairo Trindade)

Como dizer
quem come
Se quando
nos amamos
temos a mesma
fome?




Visão de Mundo
(Isabela Figueiredo)

Viver só o hoje para não se perder
não vemos atrás do horizonte
cada vez que você quiser ver
vai se sentir mais longe.
Só agora importa, pois é o mutável
é onde as coisas acontecem
se você não se conecta ao mundo
o mundo te esquece.



entre o muito e o muito pouco
existe um meio caminho oco
um caminho vazio no meio do nada
um instante vácuo no cio
pronto para ser concebido

no meio do caminho havia...
um caminho do meio.
(Clauky)




Quem quer viver de poesia
que esteja preparado
para se alimentar de luz.
(Isabela Figueiredo)



COMUNHÃO DE DOIS CORPOS NO ESPAÇO
(Isabela Figueiredo)

Nossos corpos estavam colados
Eu sentia o seu suor
escorrendo pelo meu suor
e já éramos uma coisa só




Serpente...
serpentina
...de fogo
salamandra
suavemente
dança!
(Isabela Figueiredo)



Vou pedir sua mão
Mas não fique no meu pé
(Antonio Gutman)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Expresse-se.