quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quem tem medo dos seus Limites?

Muitas vezes deixamos de fazer algo por medo de tentar. Desde que eu entrei para a Biodanza, eu tenho dito pra mim mesma: "Vou fazer!", muito embora minha facilitadora diga que eu não preciso fazer, por só ter entrado há cerca de um mês e meio. Na verdade, ninguém é obrigado a fazer. Existe o conceito de respeitar seus limites para que a *vivência* não vire *sofrência*. Mas eu sempre faço, pois meu objetivo é expandir, transpor esses limites.
A partir da aula retrasada, comecei a perceber essas minhas limitações mais claramente. Tinha dificuldade quando era pedido que se dançasse em dupla e o meu par ficava esperando que eu comandasse. Eu não sei comandar. Sozinha, eu tenho muito mais liberdade inventiva. Em dupla, fico estagnada. Mas sei acompanhar.
Percebi também que na hora de receber a carícia, fiquei parada, sem um movimento que pudesse fazer com que os acariciadores intuissem que estavam agradando.
Durante a semana, fui pensando, vasculhando meu passado, atrás de um motivo para a minha própria repressão. Encontrei alguns. Mas na hora do feedback (conversa pré-aula), resolvi ficar quietinha, até porque tinha tido um dia dos piores e estava bem cansada. Como sempre, minha facilitadora disse tudo que eu não tinha dito por mim, ela sempre faz isso, afinal, deve ter sido meio óbvio que eu não entrei 100% na vivência.
Durante a aula, foi proposto que se fizesse uma roda, todos os integrantes estariam dançando e, um por um, entrariam na roda, sempre interagindo com os outros. Logo pensei "isso não vai dar certo", mas me propus a tentar. A música começou a tocar, respirei fundo, fechei os olhos por cinco segundos e tentei entrar no ritmo. Quando abri os olhos, eu simplesmente senti que não dava, tinha uma muralha entre mim e o centro da roda. Quando percebi, estava parada. Fui me sentar no canto da sala. Olhei meus amigos dançando, gostei de vê-los fazendo o exercício, mas não me vi ali.
Não sei se desisti do exercício por ter ficado pensando em limites durante toda a semana, arranjando desculpas pra eles, ou se, pelo fato deles sempre terem existido, isso justifica a existência deles...mas uma coisa é certa: não é bom falar de limites. De agora em diante vou sempre dizer EU POSSO FAZER TUDO QUE QUISER. Não espero que amanhã comece a fazer dança do ventre, mas quando me acostumar a não pensar em limites, eles não existirão mais.
Isso só mostra que eu estive certa em não compartilhar esse negativismo com o grupo, já que eu tenho plena consciência que preciso superar isso. É preciso selecionar o que você diz, assim como o que você pensa, não gostaria de fazer alguém pensar em limites, ainda que a idéia seja transcender. Dizendo que está tudo bem, não nos permitimos pensar sobre isso, e não aumentaremos sua importância.
"Eu Posso Fazer Tudo O Que Quiser!"
Obrigada.

(PS: Leiam 'O Segredo' - Rhonda Byrne)

Um comentário:

  1. limites são importantes fontes de conhecimento. não necessariamente são muralhas. podem ser as margens de um rio ou entorno de um lago. Não tivesse o lago seu espaço delimitado, transbordaria água por todo lado e nunca haveria de ficar cheio. Também o rio sem limites, não poderia seguir seu curso. Mesmo o mar, tão vasto, invadiria toda a praia e ainda assim não encontraria sentido em levar uma vida sem limites. limites são margens, bordas, amparos...

    bjs

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