quarta-feira, 8 de abril de 2009

Descalça
(Isabela Figueiredo)

Sempre ando descalça
por espinhais e jardins
tenho cravado em meus pés
todos os calos e horrores
e todas as terras longínquas
dos corações dos homens
Deixo a alma limpa
deixo a porta aberta
nunca sei a hora certa
nunca digo o que vejo
me basta ver e entender
e assim vou aprendendo
cada dia após um dia
sempre um depois do outro.



Ando sempre descalça e sempre tomo banho de chuva. Carrego comigo um guarda-chuva que nunca foi aberto. Um dia farei a ele um poema triste, pois foi merecedor.
Aliás, tenho muitos poemas tristes a fazer, pois as coisas andam sempre mais distantes de mim. Até o próprio tempo anda em outra dimensão, cansado de se cansar com minha falta de atenção.
Estou de mudança. Não só fisicamente, mas também mentalmente. Era para estar SEMPRE, mas nem sempre é como a gente quer. Então...estou feliz de, pelo menos, estar passando pela fase da mudança. Adoro mudar, sou de peixes, signo de água, me adapto a tudo. Só não me adapto bem às chatices quotidianas.
Beijundas da nova Isa.

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